Você provavelmente conhece alguém que sofre com estresse, isso se essa pessoa não for você mesmo. As mazelas causadas por ele são muitas vezes subestimadas, mas atualmente o estresse é a maior causa de afastamentos e folgas do trabalho.
Uma pesquisa realizada na Universidade de Harvard, publicada na revista científica JAMA, chegou à conclusão de que o estresse está relacionado ao desenvolvimento de doenças autoimunes, como lúpus e diabetes. Durante dez anos, foram acompanhadas mais de 200 mil pessoas e sua relação com o estresse. Uma parte dos pacientes já era diagnosticada com algum tipo dele, enquanto os outros mantinham rotinas saudáveis.
Ao fim da pesquisa, foi possível compará-los e perceber que as pessoas estressadas tiveram 36% mais chance de desenvolver uma doença autoimune. Alguns pacientes que possuíam distúrbios mais graves, como o Transtorno Pós-Traumático, apresentaram uma chance ainda maior, de 46%.
Optar por uma vida mais tranquila pode fazer o cérebro se regenerar
Muitas pessoas acreditam que o cérebro não se modifica e permanece estático por toda a vida. Porém, o estresse crônico pode induzir alterações anatômicas no órgão em pouco tempo. Essas modificações ocorrem especialmente no sistema que comanda as emoções, o límbico, e no sistema de planejamento, diminuindo as conexões do córtex pré-frontal. Tudo isso altera o comportamento, mas é reversível: quando o estimulo negativo cessa, o cérebro consegue se regenerar.
A recomendação dos pesquisadores é, caso você sofra com o estresse, procure mudar seus hábitos de vida o quanto antes. O cérebro não afeta apenas o psicológico, ele também deixa as pessoas mais vulneráveis a desenvolverem outros tipos de doenças.