A asma é uma doença pulmonar que acomete crianças e adultos em todo o planeta. No Brasil, o Dia Nacional de Controle da Asma é comemorado em 21 de junho. Um alerta para o fato de que mais de 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos sofrem com a doença, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas sofrem com a asma.
Ainda conforme o estudo, as mulheres são as maiores vítimas, com cerca de 60% dos casos. “A doença é mais comum em crianças e tende a desaparecer, na maioria dos casos, com o desenvolvimento do sistema imunológico”, disse a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta.
Grave problema de saúde pública, a asma é a 4ª maior causa de hospitalização no País. São cerca de 350 mil internações por ano e um custo de mais de R$ 500 milhões para os cofres públicos. Os dados são do Datasus.
Sintomas da asma
A asma é caracterizada, principalmente, por dificuldade respiratória, tosse seca, chiado ou ruído no peito e ansiedade. Os brônquios do asmático são mais sensíveis e tendem a reagir de forma mais abrupta quando expostos ao frio, mudança de temperatura, fumaça, ácaros ou fungos, e mesmo a odores fortes.
A asma pode ser classificada como intermitente, persistente leve, persistente moderada e persistente grave. Devido sua frequência e risco de desfecho grave do quadro clínico, a asma é considerada uma prioridade de atendimento em saúde.
É uma doença crônica e não tem cura, mas pode ser bem controlada, desde que com acompanhamento médico constante e uso de medicamentos apropriados e associados. A doença costuma levar a internações frequentes em crianças e pode levar a óbito.
Predisposição genética
Estudos mostram que a manifestação da doença está associada à predisposição genética, além de componentes emocionais e sociais relacionados com o estilo de vida. Para quem sofre com a doença, a recomendação é procurar imediatamente o serviço de saúde em qualquer caso de dificuldade respiratória.
É preciso ainda evitar o uso de roupas de lã. Animais de estimação também podem levar a reações alérgicas nessas pessoas. Em época de chuva, deve-se estar atento a presença de mofo e infiltração nos lares.
Tratamento
Os medicamentos existentes na rede pública, seja por meio de postos de saúde ou farmácias populares, são suficientes para tratar 90% dos casos de asma no Brasil. Mesmo assim, segundo a Comissão de Asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), apenas 12% das pessoas asmáticas no País estão com a doença controlada, sem os sintomas.
Para os especialistas, as razões para que 88% dos pacientes não estejam fazendo o tratamento correto se dá por falta de informação e conscientização sobre o tema. Apesar de a asma exigir tratamento a vida toda, muitos pacientes o interrompem quando a saúde deles melhora.
O tratamento é baseado nas medidas de higiene do ambiente, medicamentos e vacinas para alergia. Os medicamentos disponíveis são divididos em: drogas de alívio (para crises) e profiláticas (manutenção). A melhor forma de utilizar os medicamentos é a inalatória, pois assim são inalados diretamente para o local da reação e podem ser usados em doses menores que as necessárias por outras vias.